Vai começar: o sorteio da ordem dos desfiles liga o motor do Carnaval 2026
Quando a bola gira, a Sapucaí respira
É a sexta que inaugura o ritual. A Liesa chama, as escolas atendem, e o sorteio da ordem de desfiles coloca cada pavilhão no seu destino. Não é apenas protocolo: é o instante em que o calendário vira emoção, o planejamento encontra o acaso e a avenida, mesmo distante, já parece acesa.
Sorte, estratégia e superstição
Cada posição carrega um enredo à parte. Tem quem prefira abrir a noite para incendiar o público; tem quem jure que o meio oferece equilíbrio perfeito; tem quem sonhe fechar com grandeza. Entre planilhas e patuás, diretores, carnavalescos e harmonia calculam luz, temperatura, tempo de TV, fôlego da arquibancada — e o coração pede que a sorte sorria.
A comunidade em estado de alerta
Nos bairros, quadras e redes, a torcida acompanha como final de campeonato. O número sorteado vira conversa de bar, vira ensaio redimensionado, vira fantasia ajustada. Mudam cronogramas, agendas de rua, cadência de ensaios. O que era planejamento amplo se transforma em estratégia fina: aquecer mais cedo, concentrar melhor, ensaiar o giro da chave.
Começa aqui o desfile que ninguém vê
Daqui nascem decisões que só a avenida confirma: ritmo da bateria, respiração do canto, desenho da evolução. O sorteio não decide o título — mas entrega a pista. O resto é trabalho, chão e voz. A partir de agora, cada escola sabe a hora de entrar. O Carnaval 2026, de fato, começou.

