Sambistas se despedem de Gilsinho e exaltam legado de voz imortal
Sambistas se despedem de Gilsinho e exaltam legado de voz imortal 🎤🖤
O mundo do samba ainda sente a dor da perda de Gilsinho, intérprete oficial da Portela, que partiu aos 55 anos e deixou um vazio profundo na Sapucaí e no coração dos foliões. Desde o anúncio de sua morte, sambistas de diversas gerações têm prestado homenagens emocionadas, exaltando o legado de um cantor que transcendeu a função de intérprete e se tornou símbolo do Carnaval carioca.
Voz que virou identidade
Para muitos, Gilsinho não apenas puxava o samba: ele conduzia a alma da escola. Seu timbre inconfundível, seu domínio técnico e sua entrega transformavam cada ensaio e cada desfile em um espetáculo coletivo. Era capaz de unir alas, ritmistas, passistas e arquibancadas em um só coro. Por isso, sambistas descrevem sua voz como patrimônio afetivo do Carnaval.
Despedidas carregadas de emoção
- Diretores e integrantes da Portela lembraram que Gilsinho era cria da comunidade e que completaria 20 anos de trajetória à frente do microfone oficial em 2026.
- Colegas de profissão destacaram sua generosidade fora do palco e a disciplina que mantinha em cada apresentação.
- Rainhas de bateria, mestres de bateria e carnavalescos ressaltaram que sua presença inspirava segurança e confiança — “quando Gilsinho puxava, sabíamos que estávamos em boas mãos”.
União além das cores
As homenagens não vieram só da Portela. Escolas de samba de todo o Rio expressaram luto e respeito, reconhecendo que a perda é de todo o Carnaval. Mangueira, Viradouro, Salgueiro, Mocidade, Imperatriz e tantas outras declararam que Gilsinho será sempre lembrado como voz do samba carioca, exemplo de profissionalismo e paixão.
Legado eterno
Gilsinho deixa como marca:
- Mais de 15 carnavais na Sapucaí como intérprete principal da Portela.
- Sambas inesquecíveis registrados em discos e na memória coletiva.
- Inspiração para jovens intérpretes, que o veem como referência de entrega e técnica.
- Uma relação de amor profundo com a comunidade de Madureira e com todos que respiram Carnaval.
Na avenida, sua ausência será sentida. Mas nas arquibancadas, nos corações dos portelenses e nos refrões que ecoarão para sempre, Gilsinho continuará presente — porque voz de sambista não morre, se eterniza.