Liesa mira o futuro do Sambódromo e planeja assumir administração da Marquês de Sapucaí
A Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) está projetando um novo capítulo na história do Carnaval carioca: assumir oficialmente a administração da Marquês de Sapucaí, transformando o sambódromo em um espaço vivo e ativo durante todo o ano, não apenas nos dias de desfile.
Um passo estratégico para o Carnaval do futuro
Segundo os dirigentes da Liga, o objetivo é transformar a Sapucaí em um centro cultural e turístico permanente, que valorize o samba e gere receita contínua para as escolas. O plano inclui modernização da estrutura, melhorias de acessibilidade, atualização tecnológica e um modelo de gestão mais autônomo, sustentável e voltado para o público.
A proposta da Liesa é criar uma parceria público-privada (PPP) com a Prefeitura, garantindo que a Liga tenha maior controle sobre eventos, manutenção e planejamento do espaço. Assim, a Sapucaí deixaria de ser apenas o palco dos desfiles e se tornaria um equipamento cultural ativo o ano inteiro.
Valorização do patrimônio e fortalecimento do Carnaval
A iniciativa reflete uma visão de longo prazo para o Carnaval do Rio — reconhecendo a Sapucaí como patrimônio cultural e símbolo da cidade. Sob a gestão da Liesa, o local poderia receber eventos culturais, exposições, shows, ações sociais e visitas guiadas, fortalecendo a presença do samba como movimento artístico e econômico.
Para os dirigentes, o futuro do Carnaval passa por autonomia, profissionalização e reinvestimento na cultura popular. A ideia é que as escolas de samba, principais protagonistas da festa, também sejam gestoras de seu próprio palco.