Viradouro entrega minidesfile arrebatador e reafirma força para o Carnaval 2026
Com comissão de frente impactante, samba afinado e muita emoção, a escola mostra que vem forte para o desfile oficial
A Viradouro subiu à pista da Cidade do Samba com alma, cor e determinação, apresentando um minidesfile que uniu competência técnica e sentimento verdadeiro. As fantasias impecáveis e a maquiagem refinada deram corpo a uma estética marcante, enquanto a comissão de frente, coreografada por Priscila Motta e Rodrigo Negri, trouxe uma dança elegante e malandra, com máscaras de caveira que fizeram a plateia prender o fôlego — cada passo transmitia identidade, reverência e a promessa de espetáculo.
No samba-enredo, o intérprete Wander Pires guiou a melodia com voz segura e envolvente, e o carro de som dialogou com a bateria de forma coesa, mantendo o ritmo firme e carnescendo as sutilezas do arranjo. A comunidade cantou uníssona e sentiu o samba reverberar no peito — o conjunto, musical e visual, soou como um organismo pulsante, vivo e consciente de sua força.
O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Julinho Alves e Rute Alves, trouxe elegância clássica com um toque de ousadia no passo da segunda — dança precisa, postura firme e mais do que técnica: presença. A evolução da escola percorreu a pista com fluidez, sem buracos, sem pressa, impulsionada por um clima de celebração e respeito.
No final, quando mestre Ciça entrou em cena com o core da escola, havia brilho nos olhos dos componentes, vibração na arquibancada, e a certeza de que aquelas vozes, aqueles corpos e aquela energia não vinham apenas de um ensaio — vinham de uma fé profunda no que está por vir. A Viradouro não fez apenas um minidesfile. Fez um chamado. E se o desfile oficial seguir esse caminho, a “trupe do caveira” tem tudo para marcar presença forte, visível e inesquecível.

