10 de dezembro de 2025
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A Viradouro toma a Amaral Peixoto e transforma rua em apoteose

Na noite em que a Amaral Peixoto virou passarela, a Viradouro mostrou porque Niterói vibra diferente quando a Vermelho e Branco passa. A bateria rompeu o silêncio com um paradão potente, daqueles que fazem o chão estremecer e a multidão responder no instinto. O samba cresceu nas vozes, tomou a rua, entrou nas janelas e fez da avenida um grande corpo pulsante. A comunidade cantava como quem defende uma história — unida, quente, entregue.

As alas evoluíram com segurança e brilho, cada uma ocupando espaço com naturalidade, como se a rua já fosse extensão da Sapucaí. O canto não caiu, não vacilou, não oscilou: manteve-se firme até o fim. O pavilhão, conduzido com elegância pelo casal, parecia flutuar iluminado por uma energia que só o ensaio de rua consegue oferecer. No encerramento, a homenagem ao Mestre Ciça encontrou eco em cada olhar e aplauso — gesto de respeito a um dos grandes pilares do samba.

O ensaio não foi preparação. Foi celebração. A Viradouro mostrou que chega a 2026 com alma, força e uma comunidade inteira soprando o mesmo vento a favor.