Niterói canta com o povo: samba popular para abrir o Carnaval 2026
Na Avenida Amaral Peixoto, o samba da Niterói se ergueu com a força da rua e da comunhão. O refrão chiclete — “Olê, olê, olá, Lula, Lula” — não era apenas uma melodia: era grito de gente que acredita, que carrega história e esperança num só canto. Com o público lado a lado dos componentes, o samba invadiu o asfalto, imprimiu ritmo no corpo, despertou olhares e balançou corações. A escola mostrou que seu enredo, dedicado ao trabalhador que virou símbolo — Luiz Inácio Lula da Silva — não representa glamour, mas cotidiano, lutas e sonhos de muitos.
O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Emanuel Lira e Thainara Matias, estreantes na elite, cruzou a pista com leveza e segurança, símbolo de uma escola que não teme carregar sua identidade e sua fé. As alas desfilaram com liberdade, cada uma manifestando seu canto, sem rigidez, mas com respeito — um desfile de gente comum, com alma de comunidade, onde o samba se fez coletivo e verdadeiro.
No fim, a Niterói abençoou aquele domingo com a certeza de que seu samba já vive no povo — pronto para abrir o Carnaval 2026 com voz, corpo e coração.

