Quilombo do Samba: Tuiuti prova sua maturidade nas ruas de São Cristóvão
Naquelas ruas de São Cristóvão, a noite se encheu de tambor, alma e ancestralidade: mais do que ensaio, o Tuiuti entregou ao asfalto a força de sua história. A comissão de frente fez reverência a Oxum, bailando com respeito e intensidade, transformando o concreto em terreiro — uma homenagem viva, firme, de quem entende que cada passo carrega sangue, fé e memória. O casal de mestre-sala e porta-bandeira, com Vinícius e Rebeca, desfilou com elegância e segurança, imprimindo no cortejo a certeza de que o pavilhão não é apenas pano: é identidade, é promessa.
Quando o intérprete Pixulé tomou o microfone, o samba subiu em onda. A comunidade respondeu no mesmo tom — vozes fortes, uníssonas, como quem canta sem medo, com convicção. A bateria, sob comando de Marcão, e a ala musical caminharam alinhadas: ritmo e melodia dialogando em perfeita sintonia, dando corpo ao enredo “Lonã Ifá Lukumí”. A evolução seguiu suave, sem atropelos, com alas coreografadas e movimentação cadenciada, mostrando que a Tuiuti cresceu: em técnica, em ritmo, em alma.
No fim da noite, ficou a certeza de que o “Quilombo do Samba” não é slogan — é realidade. O Tuiuti entra no Carnaval 2026 com samba, corpo e ancestralidade — pronto para resgatar caminhos, vozes e histórias esquecidas.

