Mangueira grava samba e celebra a união espiritual entre o Morro e a Amazônia Negra

A Verde e Rosa transforma a gravação em ritual de pertencimento e abre caminho para um desfile que conecta fé, arte e ancestralidade

No estúdio, o som da bateria se misturou à voz da comunidade como se o Morro da Mangueira conversasse com a floresta. A gravação do samba-enredo que embalará o Carnaval 2026 foi marcada por emoção, entrega e consciência da potência que o tema carrega. Sob o enredo “Mestre Sacaca do Encanto Tucuju – O Guardião da Amazônia Negra”, a escola reafirma a força da cultura afro-amazônica e o elo simbólico que a conecta à sua própria raiz.

Ritmistas e músicos sentiram o peso da história enquanto cada instrumento ganhava vida. O tambor virou reza, o violão virou vento e o coro da comunidade fez do estúdio um templo. O samba nasceu com alma de floresta e coração de morro, unindo o sagrado e o popular numa mesma batida.

Para a Verde e Rosa, a gravação foi mais do que um registro sonoro — foi o início de um ciclo espiritual. Mangueira e Amazônia se encontram pela fé, pela arte e pelo som que atravessa gerações. A escola canta o que o Brasil precisa lembrar: a natureza é gente, o tambor é voz, e o samba é ponte entre mundos.