1 de dezembro de 2025
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Quando a avenida encontra sua verdade ancestral

O documentário Xicas: Travestis na Avenida surge como uma tocha de luz na história do samba, iluminando trajetórias invisíveis e silenciadas. Através das memórias de Xica Manicongo — considerada a primeira travesti registrada da história do Brasil — e da força estética e política do desfile de Paraíso do Tuiuti em 2025, o filme reconstrói séculos de resistência com alma e brilho.

Em cena, a voz travesti ecoa entre batuques, luzes e plumas, falando de ancestralidade, negritude e luta por dignidade, enquanto a Sapucaí se transforma em cortiço sagrado de identidade, celebração e orgulho. O documentário não é só registro: é homenagem, é pulsação viva de um Brasil que insiste em existir através de corpos que dançam a própria liberdade. A exibição especial, com entrada gratuita, no Museu de Arte Contemporânea de Niterói — MAC —, surge como um convite para a empatia, para a memória e para o grito coletivo de visibilidade e dignidade.

Que as vozes presentes na tela devam ecoar muito além da sessão, abrindo espaço para verdadeiros abraços de reconhecimento e respeito.