Beija-Flor confirma protagonismo com minidesfile vibrante na Cidade do Samba
Samba forte, comissão impressionante e comunidade unida anunciam Nilópolis como candidata ao pódio em 2026
A Beija-Flor levou para a pista toda a imponência da sua história e deixou claro que chega ao Carnaval 2026 com ambição. A comissão de frente, coreografada por Jorge Teixeira e Saulo Finelon, entrou com vigor e visual impactante — o tripé de flores secas e os panos que envolveram os passistas deram forma a imagens potentes, que misturaram ancestralidade, cor e força.
O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Claudinho e Selminha Sorriso, vestiu branco simbólico e trouxe elementos do candomblé ao passo, imprimindo na dança uma fé sutil e firmeza histórica. A leitura do enredo “Bembé” ganhou ainda mais presença quando o samba e a harmonia se uniram à bateria com precisão — o canto da comunidade levantou o espaço, encontrou o coração da plateia e mandou o recado: a Beija-Flor está viva, pulsante, pronta para brilhar.
A evolução da escola foi fluida, mesmo com alas coreografadas e muitos elementos visuais. Havia organização e entrega em cada passo — a comunidade cantava uníssono, a bateria respondia com força, e o conjunto vibrava como um só corpo. A apresentação não foi só de técnica: foi de alma, ancestralidade e presença.
Nilópolis trouxe para a Cidade do Samba um minidesfile que é promessa: aquele samba grave, aquele passo decidido, aquele brilho contido prestes a explodir. Se o desfile oficial repetir a energia, a Beija-Flor vai longe.

