Unidos de Padre Miguel vai recorrer à Liesa por julgamento considerado injusto no Carnaval 2025
A Unidos de Padre Miguel vivenciou um momento doloroso no Carnaval 2025: rebaixada após um julgamento que considera cheio de injustiças e falhas técnicas. A escola não deixou barato — anunciou que recorrerá à Liesa em busca de justiça e transparência para defender sua apresentação na avenida.
Descontentamento e recurso em pauta
A direção da escola comunicou que está reunindo todos os elementos necessários para o recurso formal junto à liga. Segundo o comunicado, dois pontos chamaram atenção durante a apuração: penalizações em quesitos específicos atribuídas a falha técnica no caminhão de som — um problema fora da responsabilidade da escola e, portanto, não deveria ter resultado em perda de pontos. A escola deixa claro: não busca prejudicar outra agremiação, mas sim garantir uma avaliação justa, respeitosa e igualitária. A luta, destacam, é pelo reconhecimento do esforço de cada integrante e pela história da comunidade da Vila Vintém.
Recurso negado: motivação e reviravolta nos bastidores
O recurso, no entanto, foi negado pela Liesa. A justificativa apontada é que tanto o Manual do Julgador de 2025 quanto o estatuto da entidade não permitem revisão de notas atribuídas pelos jurados. Mesmo após apelo ao Conselho Deliberativo e solicitação de uma Assembleia Geral, a escola não conseguiu reversão da decisão.
Em paralelo, a Unidos continua cobrando a realização da plenária prometida pela Liesa — um encontro que, segundo a escola, ainda não teve data definida, deixando suas bases na expectativa por um posicionamento oficial.
Contexto e repercussão nas redes sociais
A escola, que retornava ao Grupo Especial após 52 anos longe da elite, terminou o Carnaval com 266,8 pontos, enquanto a penúltima colocada atingiu 267,9. O enredo “Egbé Iyá Nassô” trouxe elementos profundamente religiosos e culturais, com termos em iorubá que foram alvo de penalizações, gerando debates até sobre intolerância religiosa e preconceito no julgamento.
O presidente da Liesa chegou a reconhecer que a escola foi mal julgada e sofreu preconceito, chegando a mencionar que levaria o caso a uma plenária com todas as escolas do Grupo Especial. Porém, na prática, as normas foram mantidas e o rebaixamento confirmado.