19 de setembro de 2025
Carnaval 2026Grupo especial

Eles chegaram com tudo: Nino e Jéssica estreiam na Beija-Flor em noite emocionante no Salgueiro

A Beija-Flor de Nilópolis fez sua primeira participação no “Salgueiro Convida” de 2025 em grande estilo, chegando com a segurança de quem é campeã. Em sua apresentação na quadra do Salgueiro, a escola trouxe emoção, reverência à história e bastante entrega. O momento mais aguardado foi a estreia de Nino do Milênio e Jéssica Martin como intérpretes oficiais — ambos vencedores do reality “A Voz do Carnaval” — assumindo o microfone com responsa e energia para trilhar uma nova fase na voz da “Deusa da Passarela”.

A atmosfera da noite: passado, presente e conexão

Logo de cara, o público percebeu que a Beija-Flor não veio apenas para homenagear seus carnavais históricos, mas para mostrar pulso firme em sua continuidade. Houve aplausos calorosos de torcedores de Beija-Flor e de Salgueiro, numa noite em que rivalidades foram deixadas de lado pela magia do samba. A comunidade reverenciou cada refrão, cada nota, lembrando interpretações memoráveis e celebrando a tradição viva da escola campeã. O coro uníssono pelas arquibancadas contagiou os intérpretes, tornando tudo ainda mais intenso.

Nino e Jéssica, em sua estreia, mostraram técnica vocal, presença de palco e sintonia um com o outro. Não foi só cantar — foi narrar uma parte da história da escola, imprimir identidade, emocionar. Ao empunhar o microfone oficial da Beija-Flor, eles assumiram o desafio de honrar quem veio antes, como Neguinho, e já demonstraram que ouvirão o canto do povo, sentirão o ritmo da comunidade e colocarão sua marca nessa nova etapa.

Reações, expectativas e símbolos fortes

Além da estreia, foram momentos simbólicos que marcaram a noite: a reverência aos grandes carnavais da Beija-Flor, as referências históricas costuradas no repertório, o abraço caloroso com a comunidade e os sambistas veteranos que acompanharam tudo de perto. As luzes da quadra, os gestos de afeto, o público vibrando — tudo isso deixou claro: o samba vibra mais quando há união, emoção e fé no talento.

A expectativa agora gira em torno do que essa nova voz vai construir para 2026: se as músicas à frente seguirão esse padrão emocional, se o repertório vai trazer também inovação, se a apresentação dos intérpretes será cada vez mais lapidada. Se “eles chegaram com tudo”, como ouvi na quadra, a missão será manter o ouvidos sensíveis, mas também desbravar novos desafios.