Jack Vasconcelos revela bastidores da pesquisa do enredo do Tuiuti e garante liberdade total aos compositores
O carnavalesco mergulha nas raízes do Ifá Lucumí e prepara um desfile de força simbólica, ancestralidade e criatividade
O Paraíso do Tuiuti vive dias de imersão e expectativa. O carnavalesco Jack Vasconcelos revelou detalhes do processo de pesquisa para o enredo do Carnaval 2026 e adiantou que o trabalho vem sendo conduzido com intensidade e respeito às tradições afro-cubanas que inspiram o tema. A proposta é transformar o enredo em uma ponte entre o sagrado e o espetáculo, sem perder o DNA crítico e poético da escola.
Jack contou que a ideia nasceu de um encontro com o diretor de carnaval, Leandro Azevedo, e de conversas com um babalaô que o apresentou ao universo do Ifá Lucumí — um sistema de sabedoria ancestral que conecta o homem ao divino. A partir daí, iniciou-se uma pesquisa profunda, com visitas a terreiros, estudos de simbologia e trocas culturais que ajudaram a moldar a narrativa que o Tuiuti levará à Sapucaí.
Em meio à rotina acelerada que o carnaval impõe, Jack destacou a importância de dar liberdade criativa aos compositores. Segundo ele, o papel do carnavalesco é abrir caminhos, não limitar vozes. “A sinopse é um convite, não uma prisão”, resumiu. A decisão reforça a filosofia da escola de valorizar a pluralidade das criações e permitir que o samba traduza, com alma e emoção, o sentido do enredo.
A expectativa é que o desfile una espiritualidade, arte e reflexão — marcas de Jack Vasconcelos. O Tuiuti promete uma apresentação repleta de ritmo e significado, onde cada batida, cada canto e cada cor terão a função de honrar as raízes africanas e celebrar a liberdade criativa que move o carnaval.

