12 de outubro de 2025
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Ano das homenagens: enredos das escolas do Grupo Especial para o Carnaval 2026

O Carnaval 2026 será marcado por homenagens profundas. Entre as doze escolas do Grupo Especial, a maioria optou por enredos que celebram figuras históricas, manifestações culturais, mitos afro-brasileiros e ícones da arte. A festa na Avenida será, mais do que desfile, um ato de memória e valorização simbólica.

Enredos que reverenciam sem deixar de reinventar

  • A Acadêmicos de Niterói, em sua estreia no Grupo Especial, escolheu o enredo sobre Lula, “Do Alto do Mulungu Surge a Esperança: Lula, o Operário do Brasil” — homenagem à trajetória política e popular do presidente.
  • A Imperatriz Leopoldinense homenageia Ney Matogrosso com seu enredo “Camaleônico”, celebrando a liberdade estética e a multiplicidade artística do cantor.
  • A Portela entra com “O Mistério do Príncipe do Bará”, trazendo à luz a figura de Custódio, personagem da tradição afro-gaúcha, em enredo carregado de ancestralidade.
  • A Mangueira escolheu “Mestre Sacacá do Encanto Tucuju – o Guardião da Amazônia Negra”, enredo que exalta saberes indígenas e afrodescendentes da floresta.
  • A Mocidade faz tributo à cultura pop com “Rita Lee, a Padroeira da Liberdade”, integrando samba e rock em uma homenagem à irreverência da cantora.
  • A Beija-Flor aposta no sagrado com “Bembé do Mercado”, explorando a tradição ritualística afro-baiana como patrimônio imaterial.
  • A Viradouro, finalista intensa, homenageia Mestre Ciça com “Pra Cima, Ciça”, reverenciando sua contribuição à bateria.
  • A Unidos da Tijuca presta tributo literário a Carolina Maria de Jesus, com enredo que resgata sua voz sobre desigualdade, favela e memória.
  • O Paraíso do Tuiuti mergulha no culto Lucumí com “Lonã Ifá Lukumí”, pontes entre Cuba, ancestralidade e liturgia afro-latina.
  • A Vila Isabel traz “Macumbembê, Samborembá: Sonhei que um Sambista Sonhou a África”, homenagem ao multifacetado Heitor dos Prazeres.
  • A Grande Rio revisita o manguebeat com “A Nação do Mangue”, conectando periferia carioca e força cultural nordestina.
  • O Salgueiro faz sua homenagem à Rosa Magalhães com “A delirante jornada carnavalesca da professora que não tinha medo de bruxa, de bacalhau e nem do pirata da perna-de-pau”, celebrando sua trajetória na arte do Carnaval.

O espírito do ano de homenagens

Este carnaval será uma ode à memória brasileira: de personalidades que marcaram cultura, de crenças vivas, de resistências, de referências negras e de trajetórias singulares. É o momento em que o desfile se torna narrativa histórica, plataforma de identidade e celebração coletiva.