16 de outubro de 2025
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Coreógrafos destacam inovação e incerteza com cabine espelhada no Carnaval 2026

A introdução da cabine espelhada no julgamento do Carnaval 2026 está movimentando bastidores e gerando debates entre os coreógrafos das comissões de frente. A novidade — que colocará avaliadores em posições opostas na Sapucaí — traz tanto expectativas de maior justiça quanto dúvidas sobre os impactos na avaliação das apresentações.

Uma nova perspectiva para o olhar do jurado

Com o espelhamento das cabines, cada comissão será observada de ângulos diferentes, o que promete ampliar a percepção sobre movimentação, sincronia e acabamento cênico. Para muitos profissionais, essa mudança é um avanço técnico: permitirá que o julgamento seja mais equilibrado e que detalhes até então invisíveis sejam considerados.

Por outro lado, há quem veja o modelo com cautela. Coreógrafos alertam para desafios de padronização, já que o mesmo movimento pode ter leitura distinta dependendo do ponto de vista de cada cabine. A incerteza, segundo eles, está em como o novo formato afetará critérios como impacto visual, narrativa e coerência de encenação.

Criatividade e adaptação como respostas

Para lidar com o novo cenário, os profissionais prometem investir em coreografias mais tridimensionais, que funcionem bem de qualquer ângulo. As comissões de frente deverão valorizar movimentos circulares, uso de espaço e efeitos de profundidade, explorando o potencial visual da Sapucaí como palco 360°.

A mudança reforça o caráter inovador do Carnaval carioca, onde arte e técnica caminham lado a lado. Mesmo com incertezas, o sentimento entre os coreógrafos é de empolgação — afinal, desafios são também combustível para a criatividade que move o espetáculo.