5 de novembro de 2025
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“Foi um cala-boca daqueles bem grandes” — Gilsinho celebra nota máxima no samba-enredo da Portela

Quando o canto vira resposta

Na quadra de Madureira, a Portela ficou em festa. O intérprete Gilsinho, com voz firme e sorriso largo, reagiu à histórica nota máxima — 40 pontos — alcançada no quesito samba-enredo. O cântico que antes era criticado agora se transformou na resposta contundente: “foi um cala-boca daqueles bem grandes”. A comunidade cantou junto, a bateria escutou e o pavilhão vibrou.

A volta por cima com alma portelense

O samba que conquistou a nota não nasceu de retoque fácil — nasceu da raia-curta da tradição, do trabalho da comunidade, das noites em que o canto repetido era cobrado e ensaiado até tirar o último “uh”. Gilsinho reconheceu isso: a vitória é do povo que canta no morro, no ensaio, na arquibancada. Ele agradeceu o abraço dos ritmistas, do carro-de-som e de quem carregou o hino longo e firme até merecer a nota máxima.

Na avenida, o coro ganha volume

A Portela vai para o Carnaval 2026 com o samba cifrado, ouvido e fixado no peito de quem desfila. A nota 40 não é troféu — é aposta renovada, ver-se-vencendo, cantar-se-livre. No próximo dia de desfile, a Portela não entrará apenas com chave de presença — entrará com voz, peso e confiança. E o “cala-boca” de Gilsinho é só o primeiro verso da festa que vingou.

O que esse momento representa

Quando o microfone se cala e o surdo ressoa, o que fica é a afirmação de que a Portela está viva, irreverente, e pronta para fazer valer cada passo na Sapucaí. O samba venceu o ceticismo e o morro cantou a vitória. No fim, quem desfilou não foi só a escola — foi toda a história que a Portela carrega em seu canto.