A Imperatriz ensina harmonia: samba em uníssono desde a primeira ala
No coração de Ramos, a Imperatriz Leopoldinense elevou seu ensaio de rua a uma verdadeira lição de samba coletivo. Desde o primeiro acorde até a última ala, da comissão de frente ao último desfilante com a bandeira tremulando — o canto permaneceu firme, constante, sem vacilar. Cada segmento desfilava com precisão, mostrando que harmonia não é apenas som: é sintonia de corpo, alma e comunidade. O resultado não foi apenas organizado: foi emocionante. A escola fez do cortejo um plano controlado de ritmo e unidade, lembrando que, no samba, a força de muitos depende da voz de cada um.
A caminhada pela Euclides Faria mostrou que a Imperatriz não desfila sozinha, carrega consigo a tradição, o cuidado e a responsabilidade de representar toda uma história. A “aula” não se deu em compasso lento ou introspectivo: foi pulsante, viva, com cada compasso repetido como um mantra de resistência e beleza. Quem assistiu entendeu: ali o samba não era dividido, era compartilhado.

