Samba, moda e pertencimento: Tijuca lança coleção que celebra suas raízes com novas possibilidades de estilo e cultura
Samba, moda e pertencimento: Tijuca lança coleção que celebra suas raízes com novas possibilidades de estilo e cultura 👕🦚
A Unidos da Tijuca inaugurou uma coleção de moda que vai além do figurino carnavalesco — é um movimento cultural, com alma, identidade e pertencimento que prometem vestir a cidade de verde e amarelo (ou seria azul e amarelo?). Em parceria criativa com a marca carioca MAZU, a coleção apresenta uma linha completa de t-shirts, regatas, casacos, shorts de moletom e acessórios como ecobags, bonés e bolsas — cada peça com referências visuais e simbólicas originais da escola, como o pavão, o brasão e elementos dos enredos marcantes da Tijuca. O resultado: moda que conversa com quem vive samba o ano inteiro.
Modernidade com reverência: moda urbana que conta histórias
Idealizada por um time que uniu a expertise da equipe da escola com os designers da MAZU, a coleção busca firmar o samba como estilo de vida — para ser usado como expressão no dia a dia, no shopping, no trabalho ou no ensaio. Eduardo Koncikoski, diretor de marketing, sintetizou o propósito: “Queremos vestir a Tijuca nas ruas, na vida real, com peças autênticas que tenham alma tijucana. Isso é só o começo”. Essa foi a direção: unir tradição e contemporaneidade, colocando o samba no corpo do urbano.
O mix de produtos é amplo e incluiu não só itens básicos como camisetas e regatas, mas também roupas mais estruturadas como casacos esportivos e shorts confortáveis, além de acessórios práticos. A pluralidade de estilos acaba sendo um diferencial importante: tem produto para o sambista raiz que quer gritar sua paixão, mas também para quem busca um visual discreto, mas com alma da escola. E como a Tijuca é rica em enredos celebrados, também estão previstas estampas temáticas inspiradas em histórias consagradas como “Gonzagão” ou “Agudás” — peças que prometem ser mais do que moda, mas objetos de coleção.
Inclusividade no vestir e respeito ao feminino
A apresentação da coleção foi um pontapé cheio de afeto e pertencimento. As coreógrafas da Comissão de Frente, Bruna Lopes e Ariadne Lax, destacaram a linha feminina da coleção: “Historicamente, o vestuário das escolas de samba costuma ser pensado no masculino. Aqui temos cropped, tecidos leves e design que respeita o corpo feminino e ainda facilita ensaios — é empoderamento com elegância”. “Inovadora e prática”, completou Ariadne, falando de camisetas que favorecem movimento sem perder estilo.
A diretora artística Flávia Leal vibrou com a adesão calorosa: “A galera literalmente vestiu essa ideia. Foi emocionante ver a sua comunidade abraçando o projeto. É lindo ver a Tijuca circulando, de fato, nas ruas.” E não foi só isso: a porta-bandeira Lucinha Nobre apareceu com uma camisa customizada com bordado ao vivo pela integrante Agatha — mostrando que talento e identidade estão no DNA da Tijuca e podem virar moda de verdade. Lucinha reforçou: “Essa personalização é especial: traz visibilidade ao nosso próprio trabalho e gera conexão real.”
A coleção como símbolo de uma nova estratégia cultural e comercial
Esse lançamento acontece no coração da nova fase da escola, com o setor de marketing reformulado e pronto para explorar novos territórios além da Avenida — moda é apenas um dos caminhos. A estratégia é bem clara: transformar a identidade da Tijuca em produto, circulação e cultura urbana. E vem mais por aí: com planos de expansão da coleção para o Brasil todo, e-commerce e lançamentos temáticos sazonais, o pavão azul e amarelo vai invadir o lifestyle com poder simbólico.