Carnaval 2026 terá 54 jurados no Grupo Especial do Rio e sorteio vai definir quais 36 notas serão contabilizadas
Carnaval 2026 terá 54 jurados no Grupo Especial do Rio e sorteio vai definir quais 36 notas serão contabilizadas 🎭⚖️
A Liesa anunciou uma mudança histórica para o Carnaval 2026: o Grupo Especial do Rio contará com 54 jurados, distribuídos com 6 avaliadores por quesito. Mas nem todas as notas terão peso na apuração final — antes da grande leitura na Quarta-feira de Cinzas, será realizado um sorteio para definir quais 36 julgadores terão suas notas lidas e consideradas no resultado oficial. Os 18 restantes terão suas notas arquivadas, sem influência na disputa.
Como será o novo sistema de julgamento
Cada quesito do desfile — Enredo, Mestre-Sala e Porta-Bandeira, Bateria, Harmonia, Fantasias, Comissão de Frente, Alegorias e Adereços, Samba-Enredo e Evolução — terá seis jurados avaliando. Quando chegar a hora da apuração, será sorteado quais seis jurados por quesito terão suas notas consideradas? Na verdade, o sorteio selecionará apenas 36 votos ao total, e somente esses serão abertos na apuração oficial. Segue valendo o descarte da menor nota por quesito, entre as quatro notas válidas após o sorteio, como medida para evitar que um deslize pontual prejudique todo o resultado.
Impacto esperado na Justiça e na Transparência
O presidente da Liesa, Gabriel David, afirma que essa reformulação visa elevar o rigor técnico e a pluralidade de visões. Com mais jurados, mas apenas dois terços de suas notas efetivamente consideradas, a expectativa é garantir avaliações mais equilibradas e menos suscetíveis a influências isoladas. A escolha dos jurados, inclusive, está sendo realizada com olhar criterioso sobre currículos, buscando diversidade — regional, estética, técnica — entre os avaliadores.
Repercussão e reações das escolas
Dirigentes e carnavalescos reagiram com atenção a esse “salto institucional”. Thiago Monteiro, diretor-executivo da Grande Rio, elogiou a novidade, dizendo que “mais olhos significam mais justiça para uma festa tão plural”. Cátia Drummond, presidente da Imperatriz, considerou a medida um teste válido, com abertura para ajustes futuros — se necessário, podemos voltar ao modelo anterior. Já Escafura, dirigente da Portela, vê nessa mudança uma oportunidade para as escolas reforçarem sua estratégia artística desde o barracão.
O que muda no palco e na disputa
- Maior pluralidade de olhares: com 54 jurados, mas poucas notas válidas, cada avaliação passa a ter peso estratégico.
- Menos impacto de erro isolado: o descarte da menor nota se mantém, protegendo de penalizações exageradas.
- Tensão na Quarta-feira de Cinzas: a leitura das notas será ainda mais aguardada e imprevisível.
- Estratégia refinada: escolas terão que programar os ensaios considerando essa nova configuração — equilíbrio entre impacto visual, harmonia e coesão.