Referência no ritmo: Mestre Marcão reafirma comando da bateria do Paraíso do Tuiuti e afirma que o trabalho está longe de terminar
A percussão que segue batendo
Na quadra do Paraíso do Tuiuti, o tambor-surdo ecoou com mais um anúncio de continuidade. Mestre Marcão renovou seu compromisso à frente da bateria SuperSom para o Carnaval 2026 — sexto ano no comando de um dos ritmos mais aguardados da Sapucaí. Mas o coro não veio com descanso: “o trabalho ainda não foi concluído”, afirmou o mestre, como quem reconhece que história se escreve nota a nota.
Persistência que vira identidade
Para quem observa de fora, parece repetição. Para quem treina noite após noite, sabe: é lapidação constante. Marcão não chega como novato, mas como quem já fez muito — e quer ainda mais. A trajetória o levou por muitos carnavais, muitas casas de samba, muitos surdos, e agora ele abraça o Tuiuti com o olhar de quem veio para consolidar, não apenas comemorar. A bateria SuperSom vira espelho da comunidade, da escola, do samba que aprende a se reinventar sem perder raiz.
Comunidade no tambor, alma no compasso
Mestre Marcão fala em “rapaziada da comunidade” como seu time de primeira linha. Ritmistas que cresceram nas ruas, que vestem o azul e amarelo com orgulho. Na quadra, os ensaios ganharam intensidade: toda segunda-feira, fora e dentro da escola, afinação, ensaio externo, analogia com o desfile real. O mestre reforça que cada surdo, cada repique, cada condução do padrão é parte da afirmação de que o Tuiuti existe com soma de muitos — não apenas de quem conduz.
Desfile que já sussurra no chão da rua
Quando a Sapucaí acender para o Carnaval 2026, a bateria do Tuiuti quer mais do que ser ouvida: quer arrepiar, quer chacoalhar o chão, quer virar capítulo. O “ainda não foi concluído” de Marcão não é aviso de crise — é promessa de voo. É a percepção de que a escola já está em movimento, e que a avenida vai testemunhar isso: ritmo estabelecido, comunidade alinhada e um mestre que sabe que cada batida importa.

