“Muda essa história, Tijuca!” — gravação do samba oficial emociona a escola rumo ao Carnaval 2026
Ecos que viram declaração
Na sessão de gravação do hino da Unidos da Tijuca para o Carnaval 2026, o estúdio deixou de ser apenas lugar de estúdio — virou palco de entrega, lágrimas, vozes entrelaçadas e comunidade em vigília. Ritmistas, coro, intérprete e segmentos se aliaram em torno de um enredo que homenageia Carolina Maria de Jesus, e o momento virou ritual de pertencimento.
Tempo de história, batida de presente
A faixa gravada na Barra Olímpica simboliza mais que música: traduz a travessia de quem sempre existiu nas bordas da cidade e virou centro da avenida. O samba que ecoava nos microfones carregava peso, expectativa e a certeza de que a Tijuca volta a contar sua narrativa em tom forte, marcado por luta, voz e visibilidade. A comunidade sentiu-se protagonista.
Quando o estúdio abraça a Sapucaí
Gravar o samba-enredo é ensaiar para o desfile. Cada estrofe gravada, cada batida acertada, cada coro ajustado são tijolos da passarela. Na Tijuca, os ensaios criam o desfile que já começa na cabeça de quem canta, e a gravação foi a faísca que acendeu o motor da escola. A avenida ainda espera, mas o samba já chegou.
O que vai se ouvir na noite que vira manhã
Quando as luzes da Sapucaí acenderem, o samba da Tijuca será mais que melodia: será voz, será fundo, será memória que pulsa no peito de quem desfila e de quem assiste. O grito “Muda essa história” não é título de faixa: é proclamação de comunidade que quer ocupar o lugar da narrativa, riacho que transborda para mar. O desfile está por vir, mas o samba já fez seu anúncio.

